Forçou a chave, que cedeu ao finalmente rodar na fechadura. A porta rangeu queixando-se de todos os anos que permanecera fechada, e do interior uma vaga de pó misturado com um persistente cheiro a bafio, a velho e fechado embateu no seu corpo, levando-a a tossicar, uma tosse seca e irritativa. Deu um passou em frente e olhou em volta: a luz que vinha do exterior iluminava os quatro degraus de pinho que se erguiam em frente, e os três que desciam para a cozinha, à sua direita. Sub (...)
Eis-nos aqui de novo para mais umas voltas, mais umas corridas! E o quadro desta semana é - drums please... ... A persistência da Memória de Salvador Dali E então pessoas mái lindas, o que vos ocorre quando olham para o quadro? A mim acode-me logo o calor (que é uma coisa que me tem acudido muito ultimamente, rásparta, a menopausa tem destas coisas - pareço de outro planeta), tempus fugit, loucura. Surpreendam-me - ou não, mas usem os comentários para dizer de (...)
Como referi no post em que dei como inaugurado este novo desafio, fui eu que escolhi a primeira imagem, de entre as que recebi. E como as coincidências são unicórnios, a minha preferência aconteceu porque me identifico com a emoção que a obra me transmite. Estou a passar por uma fase absolutamente brutal, destrutiva, na minha vida. Daqueles marcos em que há o antes de, e o depois de. Em que as coisas como as conhecemos nunca mais serão iguais, onde dentro de nós tudo se (...)
Nunca gostara que olhassem para ela. Fotos para documentos eram um suplicio, queria desesperadamente misturar-se com o neutro pano de fundo. Ficava sempre com cara de poucos amigos, sem sombra de sorriso, e mesmo não sendo uma pessoa de gargalhada facil, quem a conhecia de perto - mesmo perto! - via-a sorrir e rir apenas de quando em vez. E se poucas vezes o fazia, cicatrizes que a vida lhe deixara impediam-na de sentir uma maior alegria. Começara talvez antes, mas recordava que (...)