Quando voltámos dos quatro dias de férias, a Mia foi à vet. E perguntam-me: ela é calminha quando a estão a observar? Respondo ela nunca esteve num veterinário (lamento, mas não). Esta pergunta foi feita quando se estavam a preparar para lhe espetar uma seringa na jugular para tirar sangue; penso que nem eu seria calminha...resolvem tirar da perna, enquanto eu a seguro enrolada numa manta sobre a mesa de observação e o Victor lhe acaricia a cabecita e vai falando com (...)
Cansaço, exaustão, a ansiedade ao flor da pele, sensibilidade mais de que qb, uma vontade nem sei de quê. Começar um livro, ler as primeiras paginas e colocar de lado (acho que vou ter de largar a Koomson e começar o único Kepler que tenho em casa por ler, já que parece ser a única coisa que me agarra neste momento; e ainda assim tem de passar o teste das primeiras duas paginas). Pensar no todo e ver tudo enevoado - é aqui que entram as listas que vou fazer já de seguida. (...)
Vou desligar a cabeça e pôr tudo no papel. E vou passar a andar de cábula. Estabelecer prioridade e usar os blocos de notas como os burros usam as palas: só olho na direção que me é indicada. Estou cansada com as voltas que a cabeça dá atrás dos devi desta vida. Aliás, estou cansada. Tout court.
Ok, acabaram as férias. Este ano não vão deixar saudades: foram um stress dos diabos. Querem três semanas a destaralhar, com saídas apenas para ir ao hipermercado e/ou ao IKEA? Com duas idas ao cinema e duas refeições fora, e mái nada. Praia? Nem o cheiro, quanto mais... a ver se o tio Pedro e o gajo que me vai pintar o Rocinante são porreiraços e me deixam ainda ir à praia antes da cirurgia, isto é, antes de oito de setembro - nessa altura, fecho as férias a cadeado, que ir (...)