A definição de terrorismo não deixa grande espaço à imaginação. De acordo com a Infopédia - mais propriamente com o Dicionário Porto Editora com acordo ortográfico - a definição é esta:
... e está tudo lá.
O que a União Europeia leva a cabo - nomeadamente os países que se tomam como sendo 'de primeira' fazem aos países 'de segunda' - com a espada de Dâmocles das sanções sobre a economia, o papão dos défices
[que está mais que provado que vale o que vale, dado que a Itália não acerta um e nunca sofreu uma - UMA! - penalização (e não vou falar no caso francês, que como disse Junker há pouco tempo, "... a França, é a França!")]
é uma forma bastante clara de terrorismo (e volto a citar): "prática de atos violentos e dirigidos contra um país, um governo(...) com o objetivo de causar terror e fragilizar o poder estabelecido, de forma a tentar impor determinados objetivos, geralmente de ordem política"
Duvidas??
Pois que assim o senhor Shäuble pode dar vazão à sua via ditatorial e fascista (ato ou prática autoritária ou intolerante), e ter aquela sensação inebriante de poder que lhe torna os dias menos cinzentos.
E os países pequeninos - nesta última investida, os países Ibéricos - tremem nas bases e quase têm uma coisinha má enquanto esperam que os decisores estiquem o braço e mostrem o polegar.
O que é que difere a prática destes senhores dos atentados terroristas? As mortes? Fazemos nós ideia dos suicídios que tiveram lugar durante o resgate?
Resgate que agora vêm dizer que foi feito com metas erróneas? Que o FMI fez mal os cálculos e que em vez de pele e cabelo, bastava terem-nos tirado um, e apenas um, dos dois?
Isto é como na violência doméstica: há a física e a psicológica. A física dá direito à apresentação de provas documentais; a psicológica é mais difícil de provar e muito, mas muito mais difícil de sarar de que uma fratura exposta.
E são ambas "filhas do mesmo pai".
Defendendo a criminalização dos terroristas, olhemos também para dentro de portas e tenhamos a autopreservação de limpar a nossa casa. Sendo a nossa casa a Europa.
Porque tudo isto, meus senhores, não passa do fogo-fátuo do poder, que encandeia os pobres de espírito, que se sentem assim uma espécie de escolhidos.
Tão mal vai este mundo...
(imagem google images)