Voltei. Atravessei o inferno e sobrevivi
- e nunca a palavra recomeço teve um sentido tão forte e urgente.
Fui. Atirei a dor para o fundo do oceano, e ontem voltei. Cheia de vontade de começar uma viajem nova, de me descobrir, de procurar coisas de que goste e de eliminar o que me custa, irrita, desassossega.
A verdade é que chegada aqui, se me perguntarem o que gosto de fazer, se me pedirem um sonho, fico em branco. É que não sei. E se mesmo quando achava que sabia quem era, não me era fácil responder a isso, agora é mesmo o cliché: tela em branco. E nem sei de que cores gosto...
Quero ver isto como uma oportunidade. Vou poder descobrir a pessoa que sou e do que esta pessoa gosta e quer fazer.
Hoje estou estupidamente cansada. Era espetável, aqueles três dias serviram para me ajudar a atravessar o momento difícil, nunca foi suposto acreditar que ia toda estilhaçada e voltava tão bem reconstruida que nem se notava a cola... coloquei, isso sim, um ponto tão final quanto possível nas emoções que me moíam em permanência. Supostamente, vou aprender a viver com isto, e seguir em frente, porque mereço.
E hoje que era para ser o primeiro dia do resto da minha vida (Sérgio Godinho dixit) estou exausta
Mas o que não há-de faltar são dias...